Na próxima terça-feira, dia 27, é o Dia Nacional da Doação de Órgãos, dentro da programação do Setembro Verde. Em Pelotas e Rio Grande, as ações já começam neste fim de semana, buscando conscientizar a população da importância deste ato em que uma vida, quando acaba, pode salvar outras oito. E, como a legislação autoriza que a coleta seja feita apenas com autorização da família, o diálogo é fundamental para que a vontade seja realizada. Hoje, o tabu ainda é o principal adversário das doações.

Em Pelotas, o Grupo Pró-Doação de Órgãos realiza uma ação em dois turnos, já neste sábado, no Largo Edmar Fetter, em frente ao Mercado Central. Coordenadora da iniciativa, Laura Tonial destaca que são seis horas de evento, com 78 parceiros confirmados. A programação começa às 10h e já na sequência traz uma apresentação da Banda do Exército. Às 14h, a música volta, com a Bateria Caldeirão e às 15h15min, Pedro Javier se apresenta.

Laura destaca que a população vem se engajando cada vez mais nessa ideia, mas que o trabalho precisa ser contínuo. Os índices, embora estejam melhorando, ainda são baixos. Como a única forma de doar pós-morte é com autorização familiar, é necessário deixar claro quando se há o desejo de ser doador de órgãos ou tecidos.

Em Rio Grande, pedalada pela conscientização
Uma pedalada neste domingo, na Praça Saraiva, também busca essa conscientização. O evento "União pela Vida", promovido pela Santa Casa em parceria com a Secretaria de Saúde e a Organização de Procura de Órgãos Nº5 (OPO5), inicia às 14h, com feira beneficente. O local terá espaço kids, sorteio de brindes, música, apresentações artísticas, roda de conversa e aulão de dança, tudo com entrada gratuita.

O passeio ciclístico, chamado "Pedalada pela Vida", tem cadastro até às 13h15min, mediante doação de dois quilos de alimentos não perecíveis. A largada ocorre às 14h. As inscrições podem ser feitas pelo link bit.ly/insc-pedaladapelavida. Os recursos arrecadados serão destinados ao hospital.

Saiba mais
- Quais órgãos podem ser doados?
Coração, córneas, fígado, rins, multivisceral, ossos, pâncreas, pulmão, medula óssea, pele e válvulas cardíacas.

- Quando é feita a doação?
Órgãos como rim, parte do fígado e medula óssea podem ser doados em vida. Os demais são feitos quando há situação de morte encefálica e autorização familiar para a retirada do órgão.

- Como se tornar um doador?
A única forma de doar pós-morte é com autorização familiar. Por isso, é necessário deixar claro quando se há o desejo de ser doador de órgãos ou tecidos.